Quando Nos Encontramos No Jardim da Praça

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Esse foi o dia Eu falo do dia
Aquele que os pássaros cantavam mais lindo
E as árvores balançavam na melodia

Estávamos a conversar pela praça
Você tropeçou e sorriu
És imperfeita como eu
Vivo a cair por tanto tropeçar

Se sentiu a vontade e expôs o seus defeitos
Os defeitos mais normais possíveis
As esquizofrenias mais bobas
As dificuldades tão tolas

Como o seu coração é lindo
Das intenções mais inocentes
Tão doce e sensível o seu dom
Tão apaixonada no seu Criador

Trocamos algumas admirações
Me surpreendi com sua sinceridade
Não paga o mal com o mal
Fica calada diante a vozes gritadas

De tão nobre que é
Queria te chamar de princesa
Te botar um vestido da cor que preferir
Rosa, branco ou turquesa

É tão frágil e pateta
Ao mesmo tempo, esperta e guerreira
Talvez fosse isso em que me apaixonei
Tudo isso somado com sua beleza

Ao longe no horizonte
O sol já estava sumindo
E com ele, o nosso dia ia se indo
Um gesto distante
Vi você sorrindo
Depois de ter conversado bastante
Eu estava partindo.

Seu rosto se emagreceu de tristeza
A saudade bateu no peito
- "Não vá. Está cedo. Fique mais um pouquinho?"
- Não se preocupe, amanhã nos encontramos.

Mais que alegria
Esses encontro virou monotonia
Foram assim por mais 2 dias
Você agora é minha rotina

No terceiro dia, te encontrei por acaso
Eu estava a caminho do almoço
E você a fazer um trabalho
Nos falamos rapidamente
A pressa foi pertinente

Naquela tarde não nos encontramos
Eu não sei o que aconteceu, fiquei esperando
A cada cabelo negro, atraia a atenção do meu olhar
Nunca era você
Esperançoso fiquei. No outro irei te encontrar

Mas esse dia te encontrei ocupada
Tão distraída, não quis atrapalhar com minha chegada
Mesmo assim te cumprimentei, não sei se me escutou
Sumiu, e não disse nada.

Agora me pergunto onde está você?
Onde está você, oh minha amada?
Por que some assim tão de repende
E depois nem vem me dizer nada?

Aqui passo o meu tempo
Fazendo poesia por tanto lamentar
Minha inspiração vem da dor, eu entendo
Do momento tão tenso de esperar


Rodrigo Melo

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